Palestras

Palestra de Abertura: Ensino de Física por investigação
Palestrante: Anna Maria Pessoa de Carvalho (FE/USP)
Data: 24/08/2016
Local: Ginásio Poliesportivo - IFNMG - Campus Salinas

Vamos apresentar os princípios e os objetivos de um ensino de Física por Investigação discutindo os graus de liberdade dados aos alunos pelos professores nas mais comuns atividades didáticas: aula de laboratório, problemas abertos, história da ciência no ensino e aulas expositivas. Após essa apresentação iremos mostrar um vídeo gravado em sala de aula em escolas oficiais para as primeiras séries do ensino fundamental e mostrar a aprendizagem dos alunos tanto no conteúdo específico, quanto em relação aos raciocínios científicos.  

Palestra 1: 
Palestrante: Marcos Aurélio Duarte Carvalho (IFNMG - Campus Montes Claros)
Data: 25/08/2016
Local: Miniauditório 1 - IFNMG - Campus Salinas

Palestra 2: Os Desafios da Popularização da Ciência e Tecnologia no Contexto Regional
Palestrante: Magno Barbosa Dias (IFNMG - Campus Araçuaí)
Data: 25/08/2016
Local: Miniauditório 2 - IFNMG - Campus Salinas


A atividade proposta visa refletir sobre a popularização da ciência e tecnologia, identificando potencialidades de suas interfaces com o público. A ciência, como uma forma bem sucedida de explicar o universo, é abordada como um poderoso instrumento de leitura de mundo. Argumenta-se que, por tal razão, é imprescindível que a população tenha acesso ao conhecimento científico para a compreensão de si e do universo que a cerca. Numa região distante dos grandes centros de difusão da ciência, os Institutos Federais assumem um papel fundamental no processo de popularização da ciência e tecnologia no contexto em que estão situados. Este protagonismo é objeto de discussão ensejando um olhar sobre estratégias que visam possibilitar às pessoas o acesso ao conhecimento científico e tecnológico.


Palestra 3: O papel do ensino de física na formação do aluno para o exercício crítico da cidadania – da aprendizagem de conceitos à identificação de problemas sociais
Palestrante: Sergio Luiz Bragatto Boss (UFRB - Campus Amargosa)
Data: 26/08/2016
Local: Miniauditório 1 - IFNMG - Campus Salinas


Em pleno Século 21, na era em que o Mundo experimenta avanços tecnológicos extraordinários, o Brasil ainda padece de problemas primários, como a falta de saneamento básico. Diante disso, é premente a necessidade de a escola formar alunos alfabetizados cientificamente que possam identificar problemas sociais que estão no seu entorno – como urbanização sem planejamento e a falta de infraestrutura básica nas cidades –, bem como ensiná-los a atuar no sentido de mudar aquela realidade. Neste cenário, entendemos que o ensino de física pode prestar um grande serviço à sociedade. Pois, permite ensinar ao aluno não apenas o saber sistematizado conceitual da Física, mas também como ler a sua realidade a partir desse conhecimento científico e atuar como vetor de modificação social do seu entorno. 

Palestra 4: O Ensino de Física Moderna e Contemporânea: desafios e possibilidades
Palestrante: Nilva Lúcia Lombardi Sales (UFTM)
Data: 26/08/2016
Local: Miniauditório 2 - IFNMG - Campus Salinas


Não é incomum que os alunos da Educação Básica assistam documentários que tratem de temas contemporâneos da física como a nanociência, ou cosmologia. Contudo tais temas e outros da chamada Física Moderna, ainda são pouco frequentes nas salas de aula do Ensino Médio. Essa é uma questão já bem discutida na literatura da área de Ensino de Física, mas que ainda apresenta muitos desafios a serem enfrentados. Nessa palestra apresentaremos um panorama do que dizem as pesquisas e os documentos que orientam tanto a formação de professores como a Educação Básica sobre o ensino da Física Moderna e Contemporânea. Além disso, discutiremos algumas possibilidades para essa atualização curricular chegar, de fato, as salas de aula. 

Palestra de Encerramento: O desafio da inclusão social no ensino de ciências
Palestrante: Eder Pires de Camargo (Unesp - Campus Ilha Solteira)
Data: 26/08/2016
Local: Ginásio Poliesportivo - IFNMG - Campus Salinas


A inclusão estrutura-se no reconhecimento da diversidade humana presente nos mais variados espaços, o que  impõe a necessidade de mudanças nas práticas  tradicionais já consolidadas. Todavia, cabe o questionamento: de que forma valorizar a diversidade nos espaços sociais, e mais especificamente na escola e por consequência no ensino de ciências? A meu ver esta é uma questão pouco compreendida. Mostra-se mais complexa ainda com a chegada dos alunos com necessidades educacionais especiais na escola regular. Tais alunos, antes excluídos e segregados, agora reivindicam o direito de cidadania, ou seja, de participação social efetiva. Vejamos a ideia de “necessidade educacional especial”. Num contexto de respeito à diversidade, qualquer discente pode apresentar uma necessidade educacional especial oriunda de diferenças sociais, culturais, rítimos de aprendizagem, perfis de inteligência, etc. Entretanto, este termo diz respeito ao conjunto de necessidades (e por consequência de diversidades) específicas de discentes com deficiências, transtorno global de desenvolvimento e com altas habilidades e super dotação. Assim, como estruturar um espaço educacional de ensino de ciências capaz de atender a  pluralidade que caracteriza os discentes? O mencionado espaço deve ter condições de atender as necessidades de todos os alunos, com ou sem necessidades educacionais especiais, fazendo da diversidade o pano de fundo para tal atendimento. Neste sentido, abordarei uma didática multissensorial do ensino de ciências, onde a diversidade é enfocada a partir do referencial perceptual/representacional. Tal proposta baseia-se na valorização de múltiplas percepções da realidade física, o que traz duas implicações fundamentais: (a) A didática multissensorial oferece aos alunos mais de um canal de observação, o que faz combinar sentidos sintéticos (visão, audição, olfato e paladar) com sentido analítico (o tato por excelência). Esta combinação proporciona situações para que os discentes aprendam significativamente os fenômenos estudados;  (b) Por não priorizar apenas um sentido, a didática multissensorial coloca alunos com e sem deficiências em condições favoráveis de observação e compreensão de fenômenos científicos. Abordarei ainda o papel da interatividade como alternativa de externalização e valorização da diversidade intelectual. Esses dois referenciais, isto é, didática multissensorial e interatividade social constituem as bases para a promoção de um ensino de ciências inclusivo.

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